sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Where the Wild Things Are



Where the Wild Things Are / Onde Vivem os Monstros

Ontem, fiz uma das coisas que mais gosto na vida: fui ao cinema.

Como gosto de assistir a quase tudo - sou cinéfila assumida, que descarta apenas filmes trashs de terror, como "O Massacre da Serra Elétrica X", por exemplo - fiquei feliz demais com o convite que a minha amiga mais cabeçuda me fez de irmos assistir "Onde Vivem os Monstros" e, assim, mais que rapidamente, piriquitamos as duas para o Diammond.

Pelo título do filme, imaginei que iríamos assistir a mais uma história de criança, tipo "A Bússula de Ouro". Daquelas que distraem a cabeça da gente, que exploram o nosso lado fantasioso, nossas ilusões infantis. Para minha surpresa, contudo, o filme é muito mais adulto e profundo, intelectual até demais, digamos, que não aconselho ninguém a levar os filhos ou afilhados menores de 15 anos para assistir. Não que haja qualquer cena pesada no filme, ao contrário: é tudo tão leve, tão velado, que eu acho que eles não gostariam de assistir - iam achar sem graça - ou poderiam não entender a mensagem e, assim, ficariam decepcionados com o programa.

Ao mesmo tempo, o filme é de uma sensibilidade tamanha, de uma sutileza que, apenas depois de uns trinta minutos assistindo foi que começei a entender o que significa "onde vivem os monstros"! Como não vou falar mais nada, senão acabo contando tudo - como sei que, às vezes, faço - fica aqui a indicação dele para o final de semana, para a tarde ou noite de Domingo.

Só para não deixá-los muito curiosos, fica a seguinte pergunta:

Afinal, onde vivem os monstros?

Nós duas, juntas, chegamos à triste e real conclusão de que, infelizmente, eles moram dentro de cada um de nós...



Cada qual com seus monstrinhos e cada um deles com sua crueldade e verdade específicas. Basta, então, a nós mesmos querermos - ou não - enfrentá-los. Até, talvez, enxergar que cada um deles possui, ainda que de forma distorcida, alguma beleza. Nunca totalmente maus, mas nem sempre todo o tempo bons.

Ora, somos humanos e não monstros, certo? E quem sabe, até, os nossos monstros não têm alguma humanidade?

Eu acho que sim... Mas vai saber, né?

Bisous

Um comentário:

  1. Lu, acho que vc contou mais do que devia, ahahaha... Imagino que essa seja a grande mensagem do filme: Cada um de nós carrega dentro monstros e fadas, e devemos saber conviver com eles. E olha que eu não vi o filme hein? Mas confesso que fiquei com uma vontade de ver!!

    To adorando seu blog, não sabia que vc tinha um... agora vou sempre te acompanhar!!

    Adoro vc, Laurinha

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