Where the Wild Things Are / Onde Vivem os Monstros
Ontem, fiz uma das coisas que mais gosto na vida: fui ao cinema.
Como gosto de assistir a quase tudo - sou cinéfila assumida, que descarta apenas filmes trashs de terror, como "O Massacre da Serra Elétrica X", por exemplo - fiquei feliz demais com o convite que a minha amiga mais cabeçuda me fez de irmos assistir "Onde Vivem os Monstros" e, assim, mais que rapidamente, piriquitamos as duas para o Diammond.
Pelo título do filme, imaginei que iríamos assistir a mais uma história de criança, tipo "A Bússula de Ouro". Daquelas que distraem a cabeça da gente, que exploram o nosso lado fantasioso, nossas ilusões infantis. Para minha surpresa, contudo, o filme é muito mais adulto e profundo, intelectual até demais, digamos, que não aconselho ninguém a levar os filhos ou afilhados menores de 15 anos para assistir. Não que haja qualquer cena pesada no filme, ao contrário: é tudo tão leve, tão velado, que eu acho que eles não gostariam de assistir - iam achar sem graça - ou poderiam não entender a mensagem e, assim, ficariam decepcionados com o programa.
Ao mesmo tempo, o filme é de uma sensibilidade tamanha, de uma sutileza que, apenas depois de uns trinta minutos assistindo foi que começei a entender o que significa "onde vivem os monstros"! Como não vou falar mais nada, senão acabo contando tudo - como sei que, às vezes, faço - fica aqui a indicação dele para o final de semana, para a tarde ou noite de Domingo.
Só para não deixá-los muito curiosos, fica a seguinte pergunta:
Afinal, onde vivem os monstros?
Nós duas, juntas, chegamos à triste e real conclusão de que, infelizmente, eles moram dentro de cada um de nós...
Cada qual com seus monstrinhos e cada um deles com sua crueldade e verdade específicas. Basta, então, a nós mesmos querermos - ou não - enfrentá-los. Até, talvez, enxergar que cada um deles possui, ainda que de forma distorcida, alguma beleza. Nunca totalmente maus, mas nem sempre todo o tempo bons.
Ora, somos humanos e não monstros, certo? E quem sabe, até, os nossos monstros não têm alguma humanidade?
Eu acho que sim... Mas vai saber, né?
Bisous
Lu, acho que vc contou mais do que devia, ahahaha... Imagino que essa seja a grande mensagem do filme: Cada um de nós carrega dentro monstros e fadas, e devemos saber conviver com eles. E olha que eu não vi o filme hein? Mas confesso que fiquei com uma vontade de ver!!
ResponderExcluirTo adorando seu blog, não sabia que vc tinha um... agora vou sempre te acompanhar!!
Adoro vc, Laurinha