terça-feira, 26 de janeiro de 2010

My name is Forrest, Forrest Gump!

Oi, gente!

Sempre me achei uma pessoa inocente.

Até hoje, já adulta, dou as minhas mancadas e passo, inclusive, para alguns, por fingida por não acreditar - e o pior que de verdade - em certas coisas ou em certas atitudes das pessoas ao meu redor. Inocente na mais fiel das conotações da palavra: ingênua, boazinha, que só vê bondade em tudo, meio Pollyanna mesmo.

Sempre achei que esta característica minha era, apenas, mais um dos tantos defeitos que eu tenho do que, propriamente, uma qualidade. Até que (e o ano era o de 1994), aos 13 anos, descobri que a inocência poderia, sim, ser uma virtude.

Minha "descoberta", meu click, veio após assistir a "Forrest Gump, o Contador de Histórias". Todo mundo já viu, né? Pois é, eu devo ter visto, à época, umas 5 vezes...

Forrest Gump

Impressionou-me demais como o filme consegue, de maneira muito divertida, desmascarar uma das grandes verdades da existência humana: tudo que é feito por nós de verdade, com paixão e dedicação, mesmo diante dos maiores obstáculos, pode dar certo. Mais ou menos o segredo do "eu aqui agora"... Aquela idéia meio batida de que, se for do coração e com o coração, é porque vale à pena - como disse Fernando Pessoa.

Forrest e sua Jenny

Forrest, com seu bom coração e sua ingenuidade, incapaz de julgar em demasia o outro, viveu, de peito aberto, tudo que a vida lhe reservou. E, é claro, teve sorte, muita sorte.

Foi neste sentido, - e não querendo acreditar nas fantasias do filme ou mesmo na minha capacidade de ser uma santa ou deusa do Olimpo - que passei a gostar de ter o meu ladinho Gump. De ter as minhas ilusões, lerdezas, sonhos e devaneios, os quais, muitas vezes, por terem tido fundamento em uma atitude minha que veio lá do fundo da alma, de "viver nas nuvens", acreditando, ainda, no mito do bom selvagem, deram certo. Neste sentido é que tenho, então, orgulho de ser assim.

Acredito que, até o momento, a vida me reservou grandes alegrias, colocou no meu caminho as melhores pessoas e me fez enxergar e ir aos melhores lugares. Por tudo isso, não posso acreditar só em destino. Mas sim em energia boa, em coração aberto... Coisas que, talvez, sejam conseqüências de se ser... Inocente! De ter uma postura de "copo sempre meio cheio" diante das situações e de tentar ver sempre o melhor do outro e não a maldade.

John e Forrest

Infelizmente, ser assim não é receita para a felicidade eterna. Nunca saberemos o que iremos viver, o que a vida nos reserva, mas acredito que podemos escolher como iremos passar por certas fases e situações ao longo do percurso; e, certamente, fazer o certo, a coisa certa, é sempre o mais difícil dos caminhos... Afinal, como dizia a mãe do Forrest, "life is like a box of chocolates: you never know what you're gonna get!"

Na minha opinião, contudo, ela só esqueceu de dizer que é, por isso, que a vida vale tanto à pena, que ela tem um doce sabor...

E dela, ultimamente, eu só quero o inesperado!

E vocês?

Bisous
***

* Forrest Gump ao som de "Sweet Home Alabama" = http://www.youtube.com/watch?v=gLQrbo_i2Zw&feature=related
** Além de tudo, a trilha sonora do filme é o máximo! E o Tom Hanks ganhou o Oscar pelo papel!

Um comentário:

  1. Adorei o post!
    Acho melhor ser inocente do que espertinha, querer tirar vantagem de tudo!
    Detesto quem pensa que "o mundo é dos espertos" e coloca suas prioridades acima de tudo.
    Bjos

    ResponderExcluir